06/11/2018 - Jesika Mayara
Ataques de cachorros de rua tem se tornado algo constante nas proximidades do Terminal Rodoviário Zuza Lino, em Picos. Relatos de populares apontaram que uma matilha, formada por cerca de dez animais, tem atacado pessoas na área.
Entre as vítimas está um menino de apenas sete anos. De acordo com a sua mãe, Roberta Perciliana Urtiga, o crime aconteceu enquanto ela tirava a motocicleta da garagem.
“Foi no dia 25 de outubro, por volta das 19h00. Enquanto eu estava tirando a moto ele foi deixar o lixo no tambor. Perto de um restaurante fica por volta de dez cachorros. Quando ele se aproximou do tambor os animais o atacaram, ainda corri para tentar salvá-lo, mas não deu tempo. Os cachorros morderam primeiro no calcanhar e, após derrubá-lo, subiram nele. Meu filho foi mordido no ombro, nas costas, pernas, braço, bumbum, inclusive pegou vários pontos e perdeu muito sangue”, explicou a genitora.
A criança foi socorrida por populares e encaminhada ao Hospital Regional Justino Luz. Enquanto se recupera do incidente, a vítima não vai à escola, e segundo sua mãe, vem se sentindo mal, devido aos ferimentos.
“Meu filho ficou com muitas sequelas, está cheio de suturas e de hematomas. Ontem ele passou mal e tivemos que levá-lo ao hospital pois ele sente muita tontura e fraqueza. Lá o médico explicou que isso é devido ao sangue que ele perdeu”, relatou Roberta.
A mãe da criança já procurou diversos órgãos e na manhã desta terça-feira, 06, esteve na Delegacia Regional em busca de soluções para o problema.
“Na hora que a carrocinha vai buscar os animais a dona do restaurante prende e diz que os animais são dela, porém, na hora de responder por o que aconteceu ela diz que é de rua. Busquei o Centro de Zoonoses, mas lá me disseram que existe uma lei que não pode mais prender os cachorros, que a situação tem que ser resolvida na prefeitura, ou seja, um jogando para o outro”, relatou.
A técnica de enfermagem pede que as autoridades tomem uma medida para resolver o problema. “Não pode passar ninguém por perto que eles correm atrás, minha filha pequena mesmo, quase foi vitima deles. A sorte foi que ela correu e eu socorri ela. Eles poderiam ter matado meu filho, hoje eu poderia está nas mãos com um atestado de óbito ao invés do Boletim de Ocorrências”.
Riscos
Além dos riscos relacionados aos ferimentos, o ataque de animais, principalmente de rua, pode transmitir doenças, entre elas a raiva. De acordo com o médico veterinário, Fagner Santos, após o ataque deve-se lavar os ferimentos com sabão e água corrente e buscar uma unidade de saúde para ser vacinado contra raiva.