(Foto: Drone/ TV Cidade Verde/ Edenilton Freitas)

(Foto: Drone/ TV Cidade Verde/ Edenilton Freitas)

A tragédia na barragem no município de Brumadinho, em Minas Gerais, reascende a preocupação sobre os riscos de rompimento de represas em todo o país, como por exemplo, a Barragem do Bezerro, no Piauí. No ano passado, a barragem na cidade de José de Freitas correu risco de se romper. Contudo, o diretor do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI), Geraldo Magela, garantiu nesta segunda-feira (28) que estão sendo feitos monitoramento e que não há risco iminente de alguma barragem no estado sofrer rompimento.

Um levantamento feito pela Agência Nacional de Águas em 2017 aponta que, no Piauí, há 36 barragens no estado, e que destas, 30 estavam em situação de risco. Segundo Geraldo Magela, em entrevista nesta segunda-feira (28), os alertas de rompimento em 2018 diminuíram, conforme informações da ANA. Embora afirme que diminuiu, Magela não soube dizer de quanto foi a redução. 

“No decorrer de 2018, fizemos o projeto de recuperação de quatro: Barragem do Bezerro, em José de Freitas; Emparedada, em Campo Maior, Pedra Redonda, hoje denominada Joaquim Mendes, em Conceição do Canindé e Barragem Petrônio Portela e, São Raimundo Nonato. Dessas, duas já estão em fase final de licitação, que são a do Bezerro e do Emparedado", observou, acrescentando que a previsão é que em fevereiro a recuperação já comece a ser feita. 

Magela complementou: “Não há nenhum risco iminente em nenhuma barragem. [...] Essa recomendação da ANA é relativamente nova e ela faz a avaliação em cima das informações que já existem. Como é de pouco tempo pra cá, vem-se prestando maiores esclarecimentos. Como ela tinha menos informações, por não ter essas informações, ela já colocava como de alto risco. Por isso que de 2017 para 2018 houve mudança nesse relatório da ANA. O de 2018 é totalmente diferente de 2017”, esclareceu.

Monitoramento

O diretor afirma que o monitoramento está sendo reforçado no período chuvoso: "No momento atual a sitação é estável, mas estamos acompanhando de perto. O normal é que a gente faça o monitoramento a cada dois ou três meses, mas agora no período chuvoso, a gente reforça realizando toda semana".

Ele diz que, no estado, 11 barragens estão sob responsabilidade do EDEPI e outras 25 são de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

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