22/05/2019 - Redação
O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), lançou nota técnica, nessa segunda-feira (20), na qual confirma mais 6 focos de peste suína clássica (PSC), totalizando 12 focos da doença no estado. Os casos confirmados ocorreram nos municípios de Lagoa do Piauí (02 focos), Domingos Mourão (01 foco), Murici dos Portelas (04 focos) e Cabeceiras do Piauí (05 focos).
As ações para eliminação dos focos já foram devidamente adotadas pelo Grupo Especial de Atenção às Enfermidades Emergenciais ou Exóticas (Gease) da Adapi, seguindo a rigor os procedimentos presentes na legislação federal, a instrução normativa nº 27, de 20 de abril de 2004, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). As medidas incluem desde o abate dos animais à sanitização de veículos, pessoas e objetos que tiveram contato com os porcos.
Ao todo, cerca de 778 animais foram sacrificados, todos em criações extensivas, com o objetivo de realizar o controle da doença. Os animais estão sendo devidamente avaliados e taxados para posterior indenização aos proprietários.
Os trabalhos de atendimento, as notificações e a vigilância continuam sendo realizados em todo o Estado por meio das operações determinadas pelo Centro de Operações em Emergência Zoossanitária para Peste Suína Clássica (Coezoo) do Piauí, cujo telefone para atendimento a notificações é o (86) 98825-5250.
Sintomas e cuidados
A peste suína é transmitida por meio de alimentos ou água contaminados, contato com animais infectados, equipamentos sujos e roupas de indivíduos que mantiveram contato direto com porcos domésticos ou selvagens que estejam doentes ou possuam o vírus incubado. A doença chega a matar 90% dos animais jovens e nos mais velhos pode manifestar-se discretamente.
Inicialmente, os porcos apresentam depressão e febre alta, regiões avermelhadas, hemorragia e cor azulada geralmente nas extremidades, axilas, abdômen e face interna dos membros de animais brancos. Também é detectada letargia, convulsões ocasionalmente, ranger de dentes e dificuldade de locomoção.
“A sintomatologia é de febre alta e os animais em febre elevada se amontoam, principalmente os leitões com 30-60 dias de vida. Podem também apresentar conjuntivite, diarreia, vômitos e manchas no corpo. Qualquer pessoa da sociedade que observar esses sintomas deve comunicar à Adapi imediatamente para que seja investigada a suspeita”, atenta o gerente de Defesa Sanitária Animal da Adapi, Idílio Moura.
Após a comunicação, uma equipe da Adapi se desloca até a propriedade e realiza a investigação epidemiológica. Se houve movimentação animal nos últimos 30 dias e a comprovação dos sinais clínicos, é feita a eutanásia do suíno. Amostras são colhidas e enviadas para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) do Ministério da Agricultura, situado em Pedro Leopoldo (MG). Em caso positivo, a propriedade é interditada (não pode retirar ou levar animais, precisa controlar o fluxo de veículos) e depois sanitizada.
A peste suína não é uma zoonose, ou seja, não afeta o ser humano, por isso não é preciso pânico. “Pode-se ingerir carne suína normalmente desde que esta tenha passado por um serviço de inspeção oficial. Além disso, o Governo do Estado proibiu eventos agropecuários com suínos. A medida se dá para evitar aglomeração e que um animal contaminado possa passar o vírus para outros por contato direto. Feiras com caprinos, bovinos e outros estão permitidas”, finaliza Moura.
Fonte: Cidade Verde