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Lavradores são resgatados após denunciar condições análogas à escravidão em fazenda do Piauí

São todos homens, com idades entre 18 e 25 anos

01/07/2019 - Redação

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P40G-IMG-4a99a676dc11ff11dc.jpeg (Foto: Divulgação/MPT)
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Onze trabalhadores foram resgatados de uma fazenda onde eram submetidos a condições de trabalho degradantes na região rural da cidade de Antônio Almeida. Eles viviam na mata, dormindo sob lonas e sem nenhum tipo de instalação sanitária. De acordo com os auditores fiscais do Grupo Especial de Fiscalização Rural do Piauí, a denúncia partiu dos próprios trabalhadores. Os onze homens foram levados de volta para sua região de origem.

Segundo o auditor Robson Waldeck, os lavradores atuavam na limpeza de um terreno que seria utilizado para o plantio. O trabalho consistia em finalizar a limpeza, arrancando com as mãos as raízes que sobravam no campo, que eles executavam sem equipamentos de proteção individual. “É um trabalho duro, e sob o sol causticante. Tinham que ter máscara, chapéu, bota, luva...”, comentou o auditor.

Para isso, eles moravam na mata próximo ao terreno e dormiam em redes cobertas apenas por uma lona, faziam suas necessidades na mata. O contratante foi autuado pelo crime de submeter alguém a trabalho análogo à escravidão na modalidade degradante. “É a negativa dos direitos básicos do trabalhador, a um alojamento adequado, local para refeição, equipamento e condições sanitárias”, disse Robson Waldeck.

De acordo com o auditor, a denúncia partiu de um dos trabalhadores. O resgate aconteceu no último dia 11. Os trabalhadores eram todos homens, com idades entre 18 e 25 anos, e ficaram no terreno por pouco mais de dez dias. Foram emitidas suas guias de seguro-desemprego e eles foram levados de volta para suas localidades de origem, na zona rural de Landri Sales.

Durante a autuação, o contratante afirmou aos auditores que não tinha conhecimento das regras sobre condições de trabalho. Ele teve de pagar uma multa rescisória aos trabalhadores e deve ser alvo de uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho e uma ação criminal pelo Ministério Público Federal.

 

Fonte: G1 

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