O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) anunciou ontem (19), que pretende se candidatar novamente à Presidência da República nas eleições gerais deste ano. “Digo a vocês que esse é um dos momentos mais importantes da minha vida pessoal. Hoje, a minha decisão está tomada: sou, sim, pré-candidato à Presidência da República”, afirmou o senador alagoano, que participou de um evento na cidade de Arapiraca, no interior do Estado. Apelidado de “caçador de marajás”, Collor venceu em 1989 a primeira eleição direta após a redemocratização do País, derrotando vários candidatos, entre eles Leonel Brizola (PDT), Ulysses Guimarães (PMDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem disputou o segundo turno. Collor é réu da Operação Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em agosto de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o político. Ele teria recebido ao menos R$ 29 milhões em propinas, apenas entre 2010 e 2014. A defesa do senador nega as acusações e diz que vai provar sua inocência. Ele comandou o país entre 1990 e 1992, quando renunciou à Presidência em 29 de dezembro, antes mesmo que o processo de impeachment fosse aprovado. Depois, o Congresso Nacional julgou Collor culpado pelo crime de responsabilidade e cassou seus direitos políticos, tornando-o inelegível durante oito anos. Perdeu duas eleições para o Governo de Alagoas, em 2002 e em 2010, mas em 2014 foi reeleito senador pelo Estado com 55,69% dos votos válidos. (A.E.)