Austeridade nunca foi e, pelo visto, nunca será o forte de nenhum presidente do Brasil. Ao invés de cortar na própria carne e dar o exemplo, diminuindo os gastos da máquina pública, sobretudo extinguindo cargos comissionados, o presidente Michel Temer (PMDB) optou pelo caminho mais fácil e passou para o povo brasileiro a conta dos rombos nas finanças públicas, hoje comprometidas por seus antecessores perdulários. Com a desculpa de cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões, Temer autorizou aumentos no PIS e Cofins incidentes sobre os combustíveis. A medida visa arrecadar mais R$ 10,4 bilhões do bolso do contribuinte. Mas para tomar tal decisão, o presidente Michel Temer na certa teve competentíssima orientação técnica, já que é bem servido de assessores, mais precisamente por 3.800 aspones (sic). O jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, foi quem mostrou esses dados. Ele destaca que a Presidência da República tem mais de 3,8 mil assessores, sem contar órgãos vinculados como Vice-Presidência, secretarias, Abin, agências, AGU etc. Já a Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos, que é a residência e local de trabalho do presidente americano, dispõe de um contingente de pessoal dez vezes menor: são apenas 377 pessoas para ajudar Donald Trump a administrar o maior orçamento do planeta, de US$ 4,4 trilhões (R$ 13,9 trilhões). O orçamento do Brasil é quatro vezes menor: R$ 3,5 trilhões. Como já foi dito, o presidente dos EUA mora e trabalha no mesmo local. Já o presidente brasileiro, como é mais sofisticado, conta com dois palácios: o Planalto para despachos e o Alvorada para residir, além da espaçosa Granja do Torto. Tudo bancado com impostos e mais impostos dos pacatos contribuintes.