Os deputados federais que estão licenciados e exercendo cargos de ministros de Estado vão reassumir os seus mandatos na Câmara Federal. Pelo menos esse é o desejo do presidente Michel Temer, que retorna hoje ao Brasil, após viagem ao exterior para participar de encontro do G-20, em Hamburgo, na Alemanha. Embora afirme estar tranquilo quanto ao desfecho da denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, que o acusa de corrupção passiva, Michel Temer vai usar todos os meios possíveis para que a denúncia não prospere na Câmara e assim possa permanecer no cargo. E um deles é mandar de volta para a Câmara os deputados que ocupam ministérios, como é o caso de Leonardo Picciani (Esportes), Maurício Quintella (Transportes), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Ricardo Barros (Saúde), Mendonça Filho (Educação), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Raul Jungmann (Defesa), Marcos Pereira (Indústria e Comércio), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Marx Beltrão (Turismo) e Sarney Filho (Meio Ambiente). Alguns desses ministros são de partidos que já decidiram sair da base do governo, como o PSB, como também de outros que analisam essa possibilidade, como é o caso do PSDB. No entanto, Temer confia na lealdade de seus auxiliares e o retorno deles para o Congresso garante mais votos no plenário contra a aprovação da denúncia, que precisa de 342 votos favoráveis.