Picos(PI), 23 de Novembro de 2024
POLITICA EM PAUTA

Troca no Ministério da Justiça preocupa delegados da Polícia Federal

Em: 29/05/2017
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Osmar Serraglio deixa o Ministério da Justiça para o ingresso de Torquato Jardim (Fotos: Antonio Cruz e Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os delegados da Polícia Federal estão preocupados com a mudança de ministro no Ministério da Justiça feita pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB). Sai Osmar Serraglio e entra Torquato Jardim. O receio da categoria foi evidenciado por meio de nota emitida pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ANDPF), assinada pelo seu presidente Carlos Eduardo Sobral. “Os Delegados de Polícia Federal foram surpreendidos com a notícia da substituição, até mesmo porque desconhecem qualquer proposta de Torquato Jardim para a Pasta. É natural que qualquer mudança no comando do Ministério da Justiça gera preocupação e incerteza sobre a possibilidade de interferências no trabalho realizado pela Polícia Federal”, afirma o presidente da associação. Segundo matéria do Jornal Estadão, Eduardo Sobral considerou fundamental a aprovação, no Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009, que garante a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à PF. “Além da autonomia, também é essencial que seja instituído o mandato para diretor-geral da PF, de modo que mudanças de governo ou de governantes não reflitam em interferências políticas, cortes de recursos e de investimentos que prejudiquem as ações da Polícia Federal”, ressaltou Sobral.

Deputado acha situação de Temer insustentável e prevê eleições indiretas

Em: 27/05/2017
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Átila Lira, deputado federal (Foto: Lucas Dias)

Em visita a Picos ontem, sexta-feira (26), para participar de encontro promovido pelo PSB, o deputado federal Átila Lira avaliou a crise política no Brasil, que se agravou após a divulgação das delações dos donos da JBS há alguns dias. Para o parlamentar piauiense, a situação do presidente Michel Temer (PMDB) é muito delicada e tende a ficar insustentável, por conta da iminente debandada de partidos da base aliada. Além dos pedidos de abertura de processo de impeachment, protocolados por deputados e também pela OAB, Temer responde por ação no STF no caso da gravação feita por Joesley Batista. Mas sua permanência no cargo está ameaçada mesmo é pela ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que está marcada para ser julgada no início de junho no TSE. Se houver cassação da chapa ele deve perder o mandato. Por essa ótica, Átila segue o mesmo raciocínio explicitado aqui nesta Coluna, na última quarta-feira (24), e também prevê a realização de eleições indiretas pelo Congresso Nacional, como determina a Constituição, tendo em vista que a tramitação e aprovação de uma PEC estabelecendo eleições diretas demandariam muito tempo. Com relação aos possíveis nomes a concorrer no pleito, o deputado ratificou o que também já foi noticiado aqui: Nelson Jobim, Rodrigo Maia, Fernando Henrique Cardoso, Henrique Meirelles e Tasso Jereissati são cotados para a disputa. Contudo, ele ainda citou mais um nome que até ontem não estava sendo especulado, que é o do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB.

Wilson Martins comanda encontro do PSB amanhã em Picos

Em: 25/05/2017
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Ex-governador estará em Picos amanhã para encontro do PSB (Foto: Divulgação)

O ex-governador do Piauí, Wilson Martins, vai comandar amanhã, dia 26, aqui em Picos, um encontro regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Dirigido no Estado pelo ex-governador, o PSB realiza encontros semanais em Teresina com os seus correligionários e agora parte para as reuniões no interior, principalmente em cidades polos. Em Picos, o evento vai acontecer a partir das 8 horas da manhã no auditório do Picos Hotel e deve reunir além da militância local, prefeitos, vereadores e lideranças da grande região. Também é aguardada a presença de deputados estaduais e federais da sigla. De acordo com líderes do partido, o movimento foi batizado de Agenda 40 e tem como objetivo discutir formação política, bem como formatar um novo projeto de desenvolvimento para o Piauí, com base nos anseios e necessidades da população. O projeto percorrerá vários municípios, com o intuito de ouvir a população em relação aos seus anseios nas mais diversas áreas, tais como educação, saúde, segurança, infraestrutura, geração de emprego e renda, entre outros setores. A nível de Estado o PSB vem fazendo oposição ao governo de Wellington Dias (PT) desde seu início, em janeiro de 2015, mas a nível local, o partido é aliado do prefeito de Picos, Walmir Lima (PT) e tem cargo no primeiro escalão da Prefeitura, através do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Iata Rodrigues, ex-vereador do município e parente de Wilson Martins.

Os candidatos preferidos de Lula, Temer e do PSDB para a eleição indireta

Em: 24/05/2017
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Plenário da Câmara onde deve ser realizada a eleição indireta (Foto: Divulgação)

Duas teses estão prevalecendo em Brasília após o novo e maior escândalo que atingiu em cheio o governo do presidente Michel Temer (PMDB) na semana passada. Uma é que a permanência de Temer no cargo está praticamente inviável e a outra é que a mudança na Constituição, por meio de uma PEC que possibilite eleições diretas no Brasil também é inviável, tanto pela carência de votos no Congresso Nacional, quanto pelo longo caminho até sua aprovação. Com isso, prevalecendo o atual texto constitucional, que prevê eleições indiretas, Governo e Oposição já discutem nomes de prováveis candidatos. Mesmo defendendo com unhas e dentes a eleição direta, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva já discutiu com líderes do PT seus nomes para a escolha indireta, onde se sobressaiu o do ex-ministro do STF, Nelson Jobim, que comandou o Ministério da Defesa no governo Lula. No governo, Temer e aliados mais próximos deram sinais de preferência por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda (já citado em nota anterior), mas também elogiam Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que em caso de afastamento, assumiria por 30 dias o comando do país até a nova eleição. Maia teria, inclusive, o apoio de setores da oposição. No PSDB, principal aliado do presidente, primeiro se discutiu o nome de Fernando Henrique Cardoso, mas o ex-presidente perdeu influência e só conhece algo em torno de 30% dos atuais congressistas. Com isso, ganhou força no partido o nome de Tasso Jereissati (CE), que embora seja um político experiente e de vários mandatos, inclusive o de governador, não tem seu nome envolvido em escândalos e ainda é bem visto pelo setor empresarial.

Reforma Trabalhista: CAE suspende reunião após bate-boca de senadores

Em: 23/05/2017
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Randolfe Rodrigues e Ataídes Oliveira quase se agrediram fisicamente (Foto: Alessandro Dantas / AGPT)

Com dedos em riste, senadores bateram boca hoje, dia 23, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e quase foram às vias de fato. Por conta da confusão os trabalhos foram suspensos pelo presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo informa o Diário do Poder, do jornalista Cláudio Humberto, durante a reunião, que analisava o texto da Reforma Trabalhista aprovado na Câmara, a oposição apresentou um requerimento, sem êxito, para adiar a leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que é pela aprovação. Foi aí que uma grande confusão se iniciou. Em determinado momento, de acordo com a publicação, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que a oposição não aceitaria a leitura do relatório. Em resposta, Tasso Jereissati lembrou que posições autoritárias não cabem na democracia e que tais atitudes não seriam admitidas na comissão. Quando Tasso passou a palavra ao relator, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi, Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se levantaram e foram aos gritos em direção a Ferraço para impedi-lo de ler o texto. Os senadores Randolfe Rodrigues e Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) também trocaram insultos e só não se agrediram fisicamente porque outros parlamentares conseguiram contê-los. Com a inviabilidade da continuidade dos trabalhos, o presidente Tasso Jereissati suspendeu a reunião. No entanto, o relatório foi dado como lido.

PSB decide deixar base aliada de Temer e defende PEC das Diretas

Em: 20/05/2017
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Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB (Foto: Divulgação)

Em reunião realizada na tarde deste sábado, dia 20, na sua sede nacional em Brasília (DF), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu romper oficialmente com o presidente da República, Michel Temer (PMDB) e abandonar a base de apoio do Governo Federal no Congresso Nacional. O desembarque do partido ocorre no momento em que o presidente Michel Temer enfrenta a maior crise política de seu governo, iniciada com a divulgação da delação dos donos da JBS, Wesley e Joesley Batista. De acordo com a Agência Brasil, ao fim da reunião, o PSB divulgou uma resolução na qual defende a saída do presidente Temer. A legenda também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), que prevê eleições diretas em caso de vacância da Presidência e da Vice-Presidência da República. Segundo o presidente do partido, Carlos Siqueira, a situação do ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, filiado à legenda, não está definida, tendo em vista que sua indicação para o ministério não é avalizada pelo partido. Mesmo assim, Fernando Filho já foi orientado a deixar a pasta. Outras legendas que dão sustentação ao governo Temer também estudam deixar a base aliada.

Joesley diz que pagou US$ 150 milhões a Dilma e Lula em contas no exterior

Em: 19/05/2017
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Dono da JBS confessa pagamentos para Lula e Dilma no exterior (Foto: Ricardo Noblat)

O empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, afirma em sua delação premiada que pagou 150 milhões de dólares aos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, por meio de contas de propina no exterior. As informações estão na versão on line do Jornal Estadão. Segundo a publicação, o empresário disse à Procuradoria Geral da República que Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos Governos Lula e Dilma, era o operador das contas. A reportagem do Estadão confirmou com procuradores próximos ao caso que a conta estava em nome de empresas offshores em banco na Suíça. A utilização de offshores caracteriza, para os investigadores, tentativa de camuflagem dos reais beneficiários da conta. “As duas contas foram ‘zeradas’ em 2014. Segundo Joesley Batista, o dinheiro foi utilizado para financiar campanhas políticas de partidos e candidatos elencados pelo ex-ministro Guido Mantega. Segundo o empresário, ele foi ‘explícito’ em uma reunião com Dilma sobre a existência desse dinheiro. De acordo com sua delação premiada, os gastos eram tratados em reuniões entre Guido Mantega e Batista” – destaca a publicação. O empresário não soube dizer se os partidos que se beneficiavam dos recursos usavam o dinheiro ‘em caixa 1, em caixa 2, por dentro ou por fora’. Segundo ele, quem cuidava dessa relação de pagamentos era Edinho Silva na época, o tesoureiro da campanha. O delator informou que em 2009 destinou uma conta a Lula e no ano seguinte, outra para Dilma.

Carmem Lúcia e Meirelles já são cotados para suceder Temer em eleição indireta

Em: 18/05/2017
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Ministra Cármen Lúcia, do STF e Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, cotados para a sucessão de Temer (Foto: Nelson Jr. / SCO/STF)

A permanência de Michel Temer na Presidência da República se tornou incerta de ontem (17) para cá, com o vazamento da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proprietários da JBS, que afirmam ter gravado Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preso em Curitiba (PR). Oposição e Governo avaliam que a situação é delicada e caso Michel Temer renuncie ao cargo, seja afastado por meio de Impeachment, ou pelo STF, a Constituição prevê a posse do presidente da Câmara na Presidência da República e determina que em 30 dias o Congresso Nacional escolha o novo presidente através de eleição indireta. E na capital federal os nomes para esse mandato tampão já estão sendo discutidos. Um deles é o da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, que além de ter seu nome preservado da enxurrada de crítica ao marasmo e decisões controversas do STF, também é respeitada no meio político e vista como conciliadora. Porém, ainda é incerta a receptividade de seu nome junto às maiores bancadas no congresso. O outro é o do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que já foi presidente do Banco Central no Governo Lula e goza de reconhecimento dentro e fora do Brasil, sendo também um dos poucos auxiliares do atual governo que não está envolvido em citações da operação Lava Jato. Embora filiado ao PSD e tenha pertencido aos quadros do PSDB, Meirelles transita em todas as siglas e é bem visto pelo mercado financeiro, sobretudo nesses tempos de turbulência econômica.

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