A atividade industrial voltou a crescer no mês de março, com uma alta de 2,2% no faturamento das indústrias, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado do mês de março compensa em parte a queda de 3,6% no faturamento registrado em fevereiro, quando a atividade industrial sentiu os efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19. Na comparação com o mês do ano passado, a alta no faturamento de março foi de 12,7%. Contudo, é importante lembrar que em março de 2020 os resultados foram afetados pelos primeiros efeitos da pandemia de covid-19 sobre a atividade industrial. A pesquisa também registrou alta de 0,9% no número de horas trabalhadas em março, revertendo queda de 0,5% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 10,7%, o que “reflete a recuperac?a?o da crise e a consolidac?a?o em um patamar superior ao verificado antes da pandemia”, disse a CNI no material de divulgação. A massa salarial (soma dos salários pagos corrigida pela inflação) também teve alta em março deste ano, quando cresceu 2,2%, mas apresentou uma queda de 4,6% na comparação com março de 2020 e ainda se mantém em patamares abaixo do pré-pandemia. (ABr)
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), revogou nesta quinta-feira (6) a prisão domiciliar do ex-deputado federal Eduardo Cunha. O magistrado atendeu ao pedido de habeas corpus protocolado pela defesa no processo que está relacionado à Operação Sepsis, investigação que apurou o suposto pagamento de propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Na decisão, o desembargador disse que Cunha está preso há mais de quatro anos e não há riscos para o andamento do processo. Na semana passada, em outra decisão, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, revogou outro mandado de prisão contra o ex-deputado. Na decisão, a 8ª Turma determinou que Cunha está proibido de deixar o país e deve entregar à Justiça todos os passaportes que possui. (ABr)
Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia, o Banco Central (BC) subiu os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual pela segunda vez consecutiva. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Em comunicado, o Banco Central indicou que deve elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião, em 15 e 16 de junho. "Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", destacou o texto. Pela primeira vez, o Copom destacou que leva em conta a "suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego" em suas decisões, desde que o estímulo para o crescimento econômico não comprometa a estabilidade dos preços. A novidade está relacionada à nova lei de autonomia do BC, que estabelece o controle da inflação como objetivo principal do órgão, seguido da manutenção do crescimento econômico e do emprego como objetivos secundários. (ABr)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) decidiu extinguir a Comissão de Reforma Tributária, que vinha discutindo a alteração na cobrança de taxas desde 2020. A informação foi divulgada pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM) no fim da tarde desta terça-feira, 4, em suas redes sociais. Segundo Ramos, a Comissão teria extrapolado o prazo de sessões e, “por força do Regimento Interno da Casa”, foi extinta. Com a extinção, o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) sobre o tema, que foi apresentado na tarde de hoje na Casa, não terá validade. (Com informações da Jovem Pan)
Um dia após a aprovação do afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio de Janeiro, o vice na chapa eleita, Cláudio Castro, tomou posse ontem, dia 1º, como governador efetivo do Estado. A cerimônia ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Castro foi eleito vice-governador na eleição estadual de 2018 e tornou-se governador em exercício em 28 de agosto do ano passado, depois que Witzel foi afastado temporariamente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido a investigação sobre corrupção na saúde do Rio de Janeiro. Em seu discurso de posse, Castro defendeu o diálogo com os outros poderes e destacou que é necessário reconstruir o estado com austeridade nas contas públicas, recuperar a confiança dos investidores, gerar empregos, lutar contra a fome e a covid-19 e reduzir índices de violência. Cláudio Bomfim de Castro e Silva nasceu em Santos (SP). Formado em Direito, é advogado, músico e compositor. Foi chefe de gabinete da Alerj por 12 anos e, em 2016, foi eleito vereador da cidade do Rio. (ABr)
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou hoje (29) o pedido de senadores governistas para tirar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) do cargo de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Ontem (28), os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Girão (Podemos-CE) protocolaram um mandado de segurança no Supremo para afastar o relator. Para os parlamentares, congressistas com parentesco em primeiro grau com possíveis alvos da investigação devem ser considerados impedidos. Renan Calheiros é pai do governador de Alagoas, um possível investigado. Na decisão, Lewandowski entendeu que não cabe interferência do Judiciário na questão. “Tudo indica cingir-se o ato impugnado nesta ação mandamental a um conflito de interpretação de normas regimentais do Congresso Nacional, o qual, por constituir matéria de cunho interna corporis, escapa à apreciação do Judiciário”, decidiu o ministro. (ABr)
Em um dia de otimismo no mercado internacional, o dólar teve queda expressiva e fechou abaixo de R$ 5,40 pela primeira vez desde fevereiro. A bolsa de valores recuperou-se da queda de ontem (27) e fechou no nível mais alto em quase duas semanas. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (28) vendido a R$ 5,362, com recuo de R$ 0,10 (-1,82%). A moeda norte-americana operou em queda durante toda a sessão, mas intensificou o recuo durante a tarde, depois que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) divulgou o resultado da reunião dos últimos dois dias. Na menor cotação desde 2 de fevereiro, quando tinha fechado a R$ 5,355, a divisa acumula queda de 4,7% em abril. No ano, o dólar acumula alta de 3,33%. Hoje, o real teve o melhor desempenho entre as principais moedas de países emergentes. A euforia no câmbio estendeu-se ao mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quarta aos 121.052 pontos, com alta de 1,39%. Além da repercussão da decisão do Fed, o indicador foi impulsionado por ações de bancos, após a divulgação do balanço de instituições financeiras. (ABr)
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, voltou a falar sobre o futuro político dele – e deve ser afastado de Jair Bolsonaro. Segundo ele, por uma questão ética, não concorre com o atual presidente, mas o general não descarta a possibilidade de concorrer ao Senado Federal. “Até o presente momento, o que eu tenho visto em diversas declarações do presidente Bolsonaro é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar, apesar dele nunca ter dito isso pessoalmente para mim. Mas a interpretação que tenho feito dos sinais que têm sido colocados é que ele vai escolher outra pessoa para acompanhá-lo na sua caminhada para a reeleição. E se abrir uma possibilidade, eu vejo que disputar uma cadeira no Senado pelas características do Senado, que estariam mais ao encontro da maneira como eu atuo”, afirmou. Mourão deve concorrer no Rio Grande do Sul e pelo PRTB que, segundo o general, passa por um momento de reorganização após a morte de Levy Fidelix, no último final de semana. (Com informações da Jovem Pan)