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Matéria / Polícia

Assassinatos com arma de fogo batem recorde no interior do Piauí, diz relatório

17/01/2021 - Redação

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P40G-IMG-77c1916561a68ae55e.jpg (Foto: Ascom Secretaria de Segurança Pública)
P40G-IMG-77c1916561a68ae55e.jpg (Foto: Ascom Secretaria de Segurança Pública)

Mortes por armas de fogo atingem o maior patamar dos últimos anos no interior do estado. O recorde é um alerta para as autoridades piauienses e mostra o aumento de circulação de revolveres, pistolas, espingardas e outros instrumentos. Pelo levantamento do relatório de criminalidade, divulgado na terça-feira (12), 52,08% dos assassinatos no interior do estado – com exceção da capital – ocorreram usando arma de fogo. 

Olhando para todo o Piauí, o número é superior. Dos homicídios nos 224 municípios, 62% tiveram como instrumento a arma de fogo, número semelhante ao de 2014.

Na capital, 75% dos assassinatos, os criminosos usaram armas de fogo para eliminar desafetos. A maioria morta é do sexo masculino. As regiões mais violentas em Teresina, com maior registro de criminalidade, são as zonas Sul, Leste e Norte.


Cidades mais violentas no Piauí

O levantamento aponta as principais cidades do estado que mais registraram crimes. O primeiro da lista é Teresina, e em seguida a cidades abaixo:

O relatório informa ainda que o número de latrocínio aumentou 37% no estado e 26% em Teresina.

Ao analisar a série histórica de violência, houve um aumento de crime após o período da pandemia, principalmente nos meses de março e abril.

O relatório aponta ainda que nos anos de 2019 e 2020, o Piauí teve um aumento de 21,12 % no número de CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais) foram registrados 711 em 2020, contra 587 crimes em 2019. Na capital o aumento de Crimes Violentos Letais Intencionais foi de 25,31 %, sendo 36% das ocorrências na zona Sul de Teresina. Ainda de acordo com o Núcleo de Estatística na capital houve uma redução de 26,31% no número de latrocínio (roubo seguido de morte) e uma queda de 28,07% no número de roubo, ambos na capital.

“Estamos analisando as causas e atuamos na consequência. Temos algumas hipóteses para o aumento da criminalidade que, por exemplo, em março a partir da soltura de presos devido a pandemia, nos trouxe um problema de saúde pública que refletiu diretamente na segurança pública. Mas são apenas suposições, não queremos aqui buscar culpados, dentro dessa realidade vamos trabalhar com ações integradas com as instituições federais e municipais”,  afirmou o secretário de Segurança Rubens Pereira.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública acompanha desde 2015 os dados estatísticos nos municípios para ajudar no combate a violência no estado. O relatório foi apresentado pelo delegado João Marcelo, que acompanha mês a mês a evolução dos números. O relatório ajuda a Polícia Civil e Militar a traçarem estratégias para reduzir os índices de criminalidade no Piauí.



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