19/07/2024 - Jesika Mayara
No último sábado (13), o Piauí foi iluminado por um meteoro visível em várias partes do estado. Ao longo de julho, podemos esperar por mais fenômenos como este. Isso porque, teve início o Delta Aquáridas, um evento astronômico anual que continuará durante o mês. Para entender melhor o assunto, conversamos com o professor mestre em física Franklin Rinaldo. Ele explica que o pico dessa chuva de ‘estrelas cadentes’ será em 31 de julho, quando poderemos ver até 20 meteoros por hora.
“Chuvas de meteoros são mais comuns do que imaginamos. As condições climáticas não nos permitem visualizá-las com maior frequência, mas elas ocorrem periodicamente durante todo o ano e são visíveis dependendo da região. No período de junho, julho e início de agosto, a região nordeste do Brasil é especialmente propensa a esses fenômenos. Isso ocorre porque, apesar das temperaturas elevadas, estamos no inverno e o céu está bastante limpo”, afirma o professor.
O Delta Aquáridas é marcado pela entrada na atmosfera terrestre de partículas de poeira deixadas pelo cometa 96P/Machholz. Ao colidir com nossa atmosfera, essas partículas se transformam em meteoros, criando um espetáculo luminoso que pode ser visto a olho nu.
O fenômeno é assim denominado por sua proximidade à constelação de Aquário, sendo que a estrela Delta Aquarii, a quarta mais brilhante da constelação, empresta seu nome ao fenômeno. Esses corpos celestes, que se desintegram ao entrar na atmosfera terrestre, geralmente são visíveis por apenas alguns segundos.
“O meteoro que caiu recentemente no estado e causou grande impacto é um exemplo da velocidade desses fenômenos: ele entrou na nossa atmosfera a cerca de 30 quilômetros de altitude, viajando a velocidades extremamente altas, que variaram de 50 mil a 150 mil quilômetros por hora, e percorreu cerca de 800 quilômetros em apenas quatro segundos", disse o mestre em física, Franklin Rinaldo.
Franklin também destaca que os meteoros da Delta Aquáridas são conhecidos por sua velocidade e brilho, podendo ocasionalmente deixar rastros luminosos conhecidos como bólidos, que são até mesmo audíveis no momento de sua desintegração.
Portal O Dia