(Foto: Reprodução)

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O Censo Demográfico 2022 apontou que as mulheres piauienses são responsáveis pelo sustento de 50,36% dos domicílios do estado, a proporção é superior à observada no Censo Demográfico realizado em 2010, quando 38,85% das mulheres eram as responsáveis, o que representa um incremento de 11,51 pontos percentuais no período. As informações são do “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: resultados do universo”, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Brasil também houve um crescimento da participação das mulheres entre os responsáveis pelos domicílios, contudo os homens ainda permanecem sendo a maioria em 50,87% do total de domicílios. Em 2010, 38,71% das mulheres brasileiras eram responsáveis pelos domicílios, proporção que aumentou para 49,13%, em 2022.

Entre os estados do país, as maiores proporções de mulheres como responsáveis pelos domicílios foram as de: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%) e do Maranhão (53,0%). As menores proporções foram as de: Santa Catarina (44,6%) e de Rondônia (44,3%). A proporção de mulheres piauienses como responsáveis pelos domicílios foi a 10ª, maior entre os estados brasileiros.

O Censo Demográfico 2022 aponta que no Piauí aumentou a proporção de pessoas em domicílios denominados “unipessoais”, que são aqueles nos quais o responsável pelo domicílio reside sozinho. Em 2022, em um total de 158.756 domicílios, os moradores residiam sozinhos, o que representava 14,81% do total de domicílios do estado. Em 2010, esse quantitativo de domicílios chegava a 76.695, representando 9,02% do total de domicílios.

No tocante ao sexo, a maior proporção de pessoas morando sozinhas no Piauí era do sexo masculino, com 86.402 homens, em 54,42% do total de domicílios “unipessoais”. Por sua vez, foram registradas 72.354 mulheres morando sozinhas em 45,58% do total de domicílios “unipessoais”.

No Piauí, observa-se que a proporção de pessoas morando sozinhas no domicílio aumenta conforme o grupo etário da população. Assim, a menor proporção de pessoas morando sozinhas foi a do grupo etário de até 17 anos, em 0,21% do total dos domicílios “unipessoais”. Por sua vez, a população de 60 anos ou mais de idade (idosa) é a que apresentou a maior proporção entre os que moram sozinhos em seus domicílios, em 41,60% do total de domicílios “unipessoais”.

“Esse fato está relacionado também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas idosas apresentam maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos acontecimentos do ciclo de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da companheira, de divórcio, e da saída dos filhos dos domicílios. Portanto, essas são características importantes que ajudam a explicar o fato dos responsáveis dessa faixa etária estarem sobrerepresentados na espécie de unidades unipessoais”, afirma Luciene Longo, analista de divulgação do IBGE.