28/09/2018 - Redação
Na última quarta-feira, 26 de setembro, fizeram dois anos em que quatro pessoas de uma família foram assassinadas na localidade Belmonte, em Francisco Santos.
“São dois anos de muita angustia, de muito sofrimento e de cobrança por justiça, que até agora não foi feita. Sou o pai, o esposo e o primo das vítimas que foram barbaramente assassinados no dia 26 de setembro de 2016 em minha residência. No dia do crime eu estava participando de uma reunião política há 12 quilômetros da minha casa. Deixei todos com saúde e quando cheguei estavam todos mortos. Não tenho palavras para descrever como foi encontrar minha família ceifada. Se eu tivesse me casa teria sido morto também”, disse o agricultor Antônio Raimundo da Silva.
As vítimas foram Maria Teresa Silva, 50 anos (esposa), Fernando Collor da Silva, 26 anos (filho), Francivaldo Antônio da Silva, 24 anos (filho), e Anildo Apolinário, 24 anos (sobrinho).
Na época a polícia acreditava que pelo menos dois suspeitos participaram da chacina e o alvo seria o jovem Anildo Apolinário, recém-chegado na cidade. No local foram recolhidas cápsulas de revólver calibre 38. As possíveis motivações seriam vingança ou acerto de contas.
Antônio disse ainda que em todo este tempo vem buscando por justiça, visitando constantemente a delegacia regional de Picos e até o secretário de segurança pública do Estado do Piauí da época.
“Procurei o delegado em busca de respostas e, após nove meses, por achar que a polícia de Picos estava devagar tomei a decisão de ir a Teresina. Fomos ao secretário de segurança pública que nos prometeu que iria fazer o possível para desvendar o crime. Acredito que já existem suspeitos”, contou o agricultor.
Passados dois anos, a falta de respostas e a demora na elucidação do crime continuam machucando toda a família das vítimas.
“Me sinto transtornado, dolorido e decepcionado, pois uma cidade como Francisco Santos acontecer um crime daquele tamanho. Sabemos que a primeira chacina aconteceu na cidade de Alegrete, a segunda foi com a minha família. Será que eles eram pessoas ruins? Estamos todos sofrendo, estou cobrando, tudo isso tem que ser descoberto. Será que se fosse em uma família rica já não teriam descoberto. Acredito eu que se Deus quiser que esses monstros irão ser punidos”, concluiu Antônio Raimundo.