(Foto: Ascom)

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As obras do novo Fórum da Comarca de Picos tiveram início há quatro meses e desde então o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Picos (Sintricompi) tem buscado acompanhar o processo.

De acordo com Thiago Barroso, há cerca de dois meses o sindicato vem procurando a empresa para que se pudesse ter acesso a obra.

“Não tivemos sucesso e a empresa impediu o nosso acesso ao local. Procuramos o Ministério do Trabalho para que o mesmo fizesse a parte de fiscalização e conversasse com a empresa para que pudéssemos nos reunir com os trabalhadores, porém também não tivemos respostas”, explicou o representante do sindicato.

Thiago afirmou ainda que ao reunir-se com os trabalhadores após o expediente, cerca de seis deles que se filiaram ao sindicato foram demitidos, acreditando ele ser uma represália por parte da empresa.

“Informações colhidas junto aos trabalhadores apontam que a empresa não está oferecendo café da manhã, que é previsto em convenção. Formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), além de atraso salarial, os trabalhadores deveriam ter recebido dia 15, hoje já são 31 e ainda não foi pago”, explicou o representante sindical.

Informações repassadas ao sindicato apontaram ainda que as rescisões feitas em dezembro, não foram pagas aos funcionários.

“Os encarregados e mestres de obra da construção nos informaram que, por orientação da empresa, o sindicato não pode ter acesso a parte interna da obra e não se reúna com os trabalhadores. A empresa não nos responde. Formalizamos denúncias ao Ministério Público do Trabalho para se investigar as práticas antisíndicas da empresa, além de procurarmos os juízes do fórum de Picos”, concluiu.

A obra

A nova unidade judiciária tem área total de 3.900 m² e uma estrutura de área construída de 2.500 m². A obra está orçada em pouco mais de R$ 7 milhhões. O Novo Fórum terá dois pavimentos, onde serão instaladas cinco Varas completas com gabinete, local para audiência e assessoria; um Juizado Cível e Criminal com sala de audiência, gabinete, salas para juízes leigos e conciliadores; um auditório com capacidade para 200 pessoas, onde ocorrerão as audiências do Júri; dois módulos para juízes auxiliares, com gabinete, audiência e assessoria.

O prédio também contará com salas para a Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI), Ministério Público do Estado do Piauí (MPE-PI), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí (OAB) e oficiais de justiça. O prédio será acessível com rampas, elevadores e banheiros adaptados.