Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

Matéria / Educação

Falta de ajudante, impede que criança com Down frequente escola em Picos

A mãe do pequeno Luan procurou o Picos 40 Graus e denunciou o caso

21/03/2019 - Redação

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P40G-IMG-728e7b981f57908574.jpeg Ivanilda e o pequeno Luan (Foto: Picos 40 Graus)
P40G-IMG-728e7b981f57908574.jpeg Ivanilda e o pequeno Luan (Foto: Picos 40 Graus)

Hoje, 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down em alusão a condição causada pela presença de um cromossomo a mais nas células. A data foi criada para lembrar à população: que todos têm capacidade.

A educação inclusiva é lei no Brasil desde julho de 2015, com a instituição do Estatuto da Pessoa com Deficiência. A mesma tem o poder de criar laços e derrubar o preconceito.

Em Picos, Ivanilda Rocha, mãe do pequeno Luan de apenas 08 anos, enfrenta desde o ano passado, dificuldades para que seu filho, que é portador da síndrome, tenha acesso à educação.

Este ano, a criança está há duas semanas sem ir para a escola, por falta de um auxiliar em sua classe.

“Não tem como o Luan ir para a escola sem um auxiliar, uma vez que já existem quatro crianças especiais em sua turma. Procurei a secretaria de educação de Picos várias vezes, mas nada foi resolvido. Meu filho sente falta da escola e dos amiguinhos de classe”, disse a genitora.

Ivanilda disse ainda que não é a primeira vez que enfrenta o problema. No segundo semestre do ano passado, por não ter um profissional para auxiliar a classe em que ele estava, a criança teve que abandonar a escola antes que terminasse o ano letivo.

Luan está matriculado na escola Francisco Santos e cursa a primeira série. A sua mãe afirma que a rede municipal de ensino atualmente não está preparada para receber crianças especiais.

“As autoridades deveriam olhar mais para as crianças especiais e preparar profissionais para atendê-las. Já cansei de ir na secretaria e escutar sempre a mesma ladainha. Ter mais amor com elas, não queria que meu filho ficasse jogado, queria que os profissionais tivessem mais carinho e profissionalismo, ensinando-os da mesma forma que os outros coleguinhas”, solicitou Ivanilda.

Preconceito

Além das barreiras no que diz respeito na educação, Ivanilda disse que sentia o preconceito da família dos amiguinhos de classe dele. “Já cheguei até a discutir com uma avó de uma criança, eles tinham receio até que Luan, tocasse nos amiguinhos. Isso me doida muito”.

 

 

 

 

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